Protocolo: Homeopatia Sistêmica e vírus Zika.

Protocolo da ABRAH sobre a Epidemia causada pelo vírus Zika

 

Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia

 

Prof. Romeu Carillo Junior

 

A segunda reunião nacional sobre o protocolo realizou-se como programada no Hospital Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense em 24/01/2016, com a presença de 63 pessoas entre Médicos, Cirurgiões Dentistas e Veterinários.

 

Inicialmente foram recordados e atualizados os aspectos clínicos e epidemiológicos da virose, ressaltando-se alguns aspectos notáveis como o diagnóstico laboratorial com destaque pelo kit desenvolvido pela Fiocruz, que faz o diferencial entre Dengue, Chikungunya e Zika.

 

Na sequência discutiram-se métodos alternativos de controle do vetor e as possíveis complicações da epidemia com destaque para Síndrome de Guillain-Barré e Microcefalia. Com relação à última, levantaram-se aspectos que diferenciam as causadas pelo Zika com outras, como citomegalovirus e toxoplasmose, incluindo as alterações detectadas pela Ressonância Magnética.

 

Em seguida, foram apresentadas as características fisiopatológicas dessa instabilidade comparada com outras viroses RNA e as possíveis associações com a diátese sifilínica.

 

Passou-se então à apresentação das Matérias Médicas de alguns medicamentos com possibilidade de utilização como gênio medicamentoso, a saber: Belladonna, Ranunculus bulbosus, Aconitum napellus, Clematis erecta, Rhus toxicodendron, Tuberculinum residuum, Urtica urens e Conium maculatum

 

Os estudos apontaram para Rhus toxicodendron como gênio medicamentoso pela sua semelhança sintomática com o quadro provocado pelo Zika, além do tropismo por órgãos e tecidos mais afetados pela doença. No entanto, outros três medicamentos foram escolhidos para circunstâncias especiais a saber: Urtica urens, Conium maculatum e TR.

 

A utilização de Urtica urens estará indicada nos casos de prurido muito intenso, sendo que a sua eficácia já foi testada com sucesso em alguns casos. A de Conium maculatum estará indicada nos casos de Guillain-Barré e a de TR nos casos onde a dor articular se prolongar mais do que o esperado. Todos os medicamentos em forma líquida, na 6CH com exceção do TR, que será prescrito na 30CH.

 

Uma das questões levantadas e que ainda necessita maior aprofundamento foi a relacionada à forma de prescrição quanto ao tempo e frequência. O estudo dos Escritos Menores de Hahnemann quanto à Escarlatina mostra a utilização de Belladonna a cada 72 horas durante todo o curso da epidemia mantendo-se a medicação por mais quatro a cinco semanas. O autor frisa, no entanto, que a frequência de administração de um medicamento numa epidemia está relacionada ao tempo de ação do remédio escolhido.

 

Embora careça de uma discussão mais aprofundada, propusemos preliminarmente o seguinte protocolo:

 

  1. Como curativo, isto é, para os pacientes que apresentem o quadro epidêmico, Rhus toxicodendron 6CH, 6 gotas (3 gotas para crianças menores do que 3 anos) diariamente até a remissão. Caso o prurido seja muito intenso, acrescentar Urtica urens 6CH, 6 gotas 3 vezes ao dia. Caso as dores articulares se prolonguem ou sejam muito intensas, acrescentar TR 30CH, 6 gotas uma vez ao dia até melhoria do quadro. Nos casos de Guillain-Barré, Conium maculatum 6CH, 6 gotas uma vez ao dia até a remissão do quadro.
  2. Como preventivo para a população de maior risco, ou seja, gestantes, Rhus toxicodendron 6CH, 6 gotas diariamente, durante toda a gravidez.

 

O estudo das matérias médicas e as atualizações sobre o comportamento da epidemia e a fisiopatologia deverão ser colocadas no site da ABRAH para consulta. Referenciamos aqui os pesquisadores que participaram desta reunião:

 

Dr. Domingos José Vaz do Cabo

Dra. Kamila Machado de Castro

Dra. Maria Solange Gosik

Dra. Marina Xavier da Cunha

Dra. Renata Rodrigues Garcia Lino

Dra. Raquel Bruno Kalile

 

Prof. Romeu Carillo Junior

Orientador Nacional dos Cursos e Ambulatórios da ABRAH.

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